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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Mais uma Taxa contra o empreendedorismo!

A Confederação do Comércio e Serviços Português reagiu prontamente à ideia de instaurar uma nova taxa a incidir sobre os estabelecimentos comerciais, considerando “a Taxa de Saúde e Segurança Alimentar inoportuna, pelo momento difícil que as empresas atravessam”.

O Engenheiro João Vieira Lopes, Presidente da CCP mostrou-se indignado com o diploma sublinhando que “esta taxa vai incidir sobre os 1500 estabelecimentos de retalho que existem com dimensão superior a 400 m2 e cerca de 500 grossistas...” (DN de 11/042012), e que portanto será penalizado um conjunto elevado de comerciantes independentes de estrutura PME (ver também a rubrica “o universo da distribuição em notícias”).
Indubitavelmente, esta taxa é um imposto escondido que será paga pelo consumidor final, inflacionando o PVP dos produtos numa altura onde o consumo das famílias está a apresentar sinais de contração.

Sendo consultor e formador atuando regularmente para um vasto conjunto de clientes retalhistas ligados aos grossistas associados das centrais Unimark e EuromadiPort e para o grupo Intermarché, noto de forma evidente as dificuldades pelas quais estão a passar os comerciantes - empresários, dirigentes de PME e de microempresas.

Numa altura de crise e de mal viver, não seria interessante proporcionar àqueles que tiverem vontade de empreender, as possibilidades de se instalarem por conta própria, ajudando-os e motivando-os, evitando assim que se tornem mais um no fundo de desemprego e evitando também o custo que isso representa para a sociedade?

O caminho não me parece ser este; no terreno estou a notar um forte aumento do receio quanto à criação de um comércio, porque as obrigações legais tornaram-se tão rígidas que arrefecem qualquer ânimo.

Portugal precisa de empreendedores, de pessoas que aceitem assumir riscos, que muitas vezes envolvem a própria família, porque querem conseguir, arranjar uma alternativa de vida, encontrar uma solução para vencer e fugir à crise.

Portugal precisa portanto de leis mais flexíveis que permitam a quem o quiser criar a sua própria atividade e criar postos de trabalho para os outros! O que é preciso é uma dinâmica, a criação de um forte movimento empresarial!
RB

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