O Engenheiro João
Vieira Lopes, Presidente da CCP mostrou-se indignado com o diploma sublinhando
que “esta taxa vai incidir sobre os 1500
estabelecimentos de retalho que existem com dimensão superior a 400 m2 e cerca
de 500 grossistas...” (DN de 11/042012), e que portanto será penalizado um
conjunto elevado de comerciantes independentes de estrutura PME (ver também a
rubrica “o universo da distribuição em notícias”).
Indubitavelmente,
esta taxa é um imposto escondido que será paga pelo consumidor final,
inflacionando o PVP dos produtos numa altura onde o consumo das famílias está a
apresentar sinais de contração.
Sendo consultor e
formador atuando regularmente para um vasto conjunto de clientes retalhistas
ligados aos grossistas associados das centrais Unimark e EuromadiPort e para o
grupo Intermarché, noto de forma evidente as dificuldades pelas quais estão a
passar os comerciantes - empresários, dirigentes de PME e de microempresas.
Numa
altura de crise e de mal viver, não seria interessante proporcionar àqueles que
tiverem vontade de empreender, as possibilidades de se instalarem por conta
própria, ajudando-os e motivando-os, evitando assim que se tornem mais um no
fundo de desemprego e evitando também o custo que isso representa para a
sociedade?
O
caminho não me parece ser este; no terreno estou a notar um forte aumento do receio
quanto à criação de um comércio, porque as obrigações legais tornaram-se tão
rígidas que arrefecem qualquer ânimo.
Portugal
precisa de empreendedores, de pessoas que aceitem assumir riscos, que muitas
vezes envolvem a própria família, porque querem conseguir, arranjar uma
alternativa de vida, encontrar uma solução para vencer e fugir à crise.
Portugal
precisa portanto de leis mais flexíveis que permitam a quem o quiser criar a
sua própria atividade e criar postos de trabalho para os outros! O que é
preciso é uma dinâmica, a criação de um forte movimento empresarial!
RB
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