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terça-feira, 10 de abril de 2012

Se eu fosse retalhista alimentar

Se eu fosse retalhista alimentar, a minha missão seria proporcionar aos consumidores do meu território – a zona de atração da minha loja – a melhor solução para satisfazer as suas necessidades diárias e, o meu objetivo seria viver bem do meu trabalho.
Para isso, com certeza, eu teria de:
-  Encontrar a melhor parceria com uma fonte de abastecimento (fornecimento) de mercadorias. Portanto, se fosse retalhista associado, procuraria fazer todas as minhas compras no seio do grupo ao qual estaria agregado e, se fosse retalhista independente, procuraria fazer a totalidade das minhas compras num só grossista. Multiplicar o número de fornecedores não permite criar laços duradouros nem uma parceria negocial a longo prazo; permite apenas praticar uma política de golpe, nefasta para a gestão do stock e para a “saúde” da tesouraria;
-  Gerir o sortido de maneira a propor uma profundidade de oferta capaz de responder a motivações de compra diferentes, quer para responder a tipos de consumidores diferentes quer para um mesmo consumidor que, segundo o tipo de produto e segundo o dia, pode escolher num leque que vai do primeiro preço à marca nacional ou internacional de grande notoriedade;
-  Ter uma marca própria oriunda de um único fornecedor, e daí a importância de encontrar a melhor parceria possível de fornecimento de mercadoria. Assim, teria a possibilidade de capitalizar esta marca de distribuição MDD e de fidelizar os meus consumidores;
-  Gerir o meu stock de mercadorias tendo em conta apenas o escoamento. Para isso, deveria, é verdade, acompanhar a vida do meu sortido em geral e de cada referência em particular. Teria assim um stock de mercadoria muito baixo, apenas para responder às vendas de 3 a 4 dias e, confiaria na parceria com o meu grossista ou com a minha estrutura de compra a montante;
-  Gerir a vida dos produtos na minha loja ou seja, deveria analisar as vendas da minha loja, utilizando ferramentas como os dados estatísticos sobre o mercado e a análise ABC. Estas análises permitiriam que eu tomasse decisões sobre as referências a entrar em linha ou a sair do sortido, sobre a boa implantação das referências no linear, sobre o nível de preço praticado, sobre o tipo de animação a implementar;
-  Cuidar do layout da minha loja, sabendo que uma boa definição de layout pode potencializar as vendas. Um bom layout é aquele que permite transformar um cliente de uma loja em comprador a 100%;
-  Cuidar da relação com os clientes, sabendo que o leque de clientes implica responder a perfis diferentes segundo os momentos do dia; desde os clientes que vão à loja comprar pouco e que querem sobretudo encontrar pessoas para quebrar a solidão até aos clientes que são bons compradores mas que querem comprar com facilidade e rapidez.

Afinal teria de trabalhar para cumprir a minha missão todos os dias, tomando decisões sozinho, para ter sucesso ou seja para vender o mais possível e de forma lucrativa para atingir o meu objetivo.

Pois é, afinal teria mesmo de saber escolher a boa parceria a montante quer central de compras, quer organização grossista e, o tipo de relações que quereria desenvolver com estas!
RB

1 comentário:

  1. Nunca descuidando aspectos vitais como limpeza, condições de conservação de alimentos, simpatia e credibilidade (sem chicos espertismos)... sem isto, negócio encerrado pela certa!

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