Se
eu fosse retalhista alimentar, a minha
missão seria proporcionar aos consumidores do meu território – a zona de atração
da minha loja – a melhor solução para satisfazer as suas necessidades diárias
e, o meu objetivo seria viver bem do
meu trabalho.
Para
isso, com certeza, eu teria de:
- Encontrar a melhor parceria com uma fonte de abastecimento
(fornecimento) de mercadorias. Portanto, se fosse retalhista associado, procuraria
fazer todas as minhas compras no seio do grupo ao qual estaria agregado e, se
fosse retalhista independente, procuraria fazer a totalidade das minhas compras
num só grossista. Multiplicar o número de fornecedores não permite criar laços duradouros
nem uma parceria negocial a longo prazo; permite apenas praticar uma política
de golpe, nefasta para a gestão do stock e para a “saúde” da tesouraria;
- Gerir o sortido de maneira a propor uma profundidade de
oferta capaz de responder a motivações de compra diferentes, quer para
responder a tipos de consumidores diferentes quer para um mesmo consumidor que,
segundo o tipo de produto e segundo o dia, pode escolher num leque que vai do
primeiro preço à marca nacional ou internacional de grande notoriedade;
- Ter uma marca própria oriunda de um único fornecedor, e
daí a importância de encontrar a melhor parceria possível de fornecimento de
mercadoria. Assim, teria a possibilidade de capitalizar esta marca de
distribuição MDD e de fidelizar os meus consumidores;
- Gerir o meu stock de mercadorias tendo em conta apenas
o escoamento. Para isso, deveria, é verdade, acompanhar a vida do meu sortido
em geral e de cada referência em particular. Teria assim um stock de mercadoria
muito baixo, apenas para responder às vendas de 3 a 4 dias e, confiaria na
parceria com o meu grossista ou com a minha estrutura de compra a montante;
- Gerir a vida dos produtos na minha loja ou seja, deveria
analisar as vendas da minha loja, utilizando ferramentas como os dados estatísticos
sobre o mercado e a análise ABC. Estas análises permitiriam que eu tomasse
decisões sobre as referências a entrar em linha ou a sair do sortido, sobre a boa
implantação das referências no linear, sobre o nível de preço praticado, sobre
o tipo de animação a implementar;
- Cuidar do layout da minha loja, sabendo que uma boa
definição de layout pode potencializar as vendas. Um bom layout é aquele que permite
transformar um cliente de uma loja em comprador a 100%;
- Cuidar da relação com os clientes, sabendo que o leque
de clientes implica responder a perfis diferentes segundo os momentos do dia; desde
os clientes que vão à loja comprar pouco e que querem sobretudo encontrar
pessoas para quebrar a solidão até aos clientes que são bons compradores mas
que querem comprar com facilidade e rapidez.
Afinal
teria de trabalhar para cumprir a minha
missão todos os dias, tomando decisões sozinho, para ter sucesso ou seja
para vender o mais possível e de forma lucrativa para atingir o meu objetivo.
Pois é, afinal teria mesmo de saber escolher a boa parceria a montante quer central de compras, quer organização grossista e, o tipo de relações que quereria desenvolver com estas!
RB
Nunca descuidando aspectos vitais como limpeza, condições de conservação de alimentos, simpatia e credibilidade (sem chicos espertismos)... sem isto, negócio encerrado pela certa!
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